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Metaverso: tudo sobre essa tendência que une o real e virtual

Metaverso: tudo sobre essa tendência que une o real e virtual

O metaverso é uma palavra que tem ganhado destaque nos últimos anos e se refere a um ambiente virtual compartilhado onde os usuários podem interagir com outras pessoas e objetos digitais em tempo real. Essa ideia foi popularizada pela ficção científica e agora está se tornando realidade com o avanço da tecnologia.

Em 2021, o criador do Facebook, Mark Zuckerberg, anunciou que mudaria o nome de sua empresa para Meta. A princípio, o empresário declarou que a sua intenção seria transformar o Facebook em uma empresa do “Metaverso”.

Mas a pergunta que não quer calar é: o que é isso, afinal? Essa dúvida foi e ainda é bastante frequente entre os usuários. Tanto que, desde o fim de 2021, o termo se tornou uma das palavras mais buscadas da internet.

Desse modo, nesse artigo nós vamos te ajudar a entender um pouco sobre esse novo mundo virtual que tem dado o que falar.

Continue a leitura!

O que é Metaverso?

O metaverso pode ser definido como uma extensão da realidade virtual, onde os usuários podem se conectar em um ambiente virtual, criar seus próprios personagens, explorar mundos e interagir com outras pessoas em tempo real. Esse conceito visa criar uma nova forma de interação social e experiências digitais, onde o mundo virtual e o mundo real se misturam. Ou seja, é uma integração entre esses dois mundos. Dessa forma, mais do que navegar na internet, será possível vivenciá-la por dentro.

Em entrevista à CNN Brasil, o professor do curso de publicidade e propaganda da USP, Luli Radfahrer, afirmou que “a tecnologia só dá certo se tem uma aplicação essencial, e para o Metaverso, é o jogo, pois faz sentido uma imersão em outro mundo, interagir com as pessoas”.

No entanto, para que o Metaverso que as grandes empresas investem seja possível, é preciso que algumas tecnologias ainda sejam desenvolvidas.

História do metaverso

A história do metaverso remonta aos anos 90, quando o escritor Neal Stephenson criou o conceito em seu livro “Snow Crash“. Na obra, o autor retrata a história de um personagem que, “na vida real”, é um entregador de pizza, mas no mundo virtual – chamado na história de Metaverso – é um samurai.

Outro exemplo de obra ficcional que aborda o conceito de Metaverso é o livro “Ready Player One”, escrito por Ernest Cine e publicado em 2011. O livro conta a história de personagens que passam horas em um videogame de realidade virtual para fugir das dificuldades da vida. Em 2018, a obra ganhou uma adaptação para o cinema, dirigida por Steven Spielberg.

Contudo, uma das primeiras tentativas de Metaverso veio com o jogo Second Life, lançado em 2003, que se tornou uma das primeiras experiências em um ambiente virtual compartilhado. Desenvolvido em um ambiente 3D que simula a vida real, onde os usuários podem criar avatares e socializar uns com os outros. No entanto, o game não emplacou. As limitações tecnológicas e a expansão das redes sociais são alguns dos fatores que justificam sua falta de popularidade.

Conceitos importantes para compreender melhor o metaverso

Como sabemos, o Metaverso idealizado por Mark Zuckerberg ainda não existe. Desse modo, não é possível descrever o seu funcionamento com exatidão. No entanto, já temos inúmeros meios de nos conectar e interagir com o mundo digital e com o próprio metaverso. Para compreender melhor esse novo mundo, é importante conhecer alguns conceitos relacionados, tais como:

Realidade virtual (RV)

Criada por computadores, a realidade virtual (VR) é um ambiente digital que simula o mundo real e permite a total interação dos participantes com objetos e pessoas em tempo real. Contudo, para acessar essa tecnologia é preciso usar óculos especiais equipados com fones de ouvido e sensores.

Realidade aumentada (RA)

Tecnologia que permite a sobreposição de elementos digitais sobre o mundo real, criando uma experiência mista entre o mundo físico e digital.

Por exemplo, o jogo Pokémon Go, em que as pessoas podem jogar usando as câmeras dos smartphones para capturar as criaturas virtuais em um mapa baseado no mundo real. Existem ainda óculos especiais que mostram informações nas lentes, e outros apps que interagem com o mundo real, como o Zepeto, AR Zone da Samsung, entre outros.

NFT (Non-fungible tokens)

São tokens únicos criados em uma blockchain que permitem a autenticação e venda de ativos digitais, como arte e objetos virtuais. Esse código serve como autenticação de um arquivo, que permite validar as transações de itens dentro do Metaverso, como por exemplo, um imóvel virtual, dando a certeza de que ele é único.

Criptomoedas

Uma moeda digital que utiliza criptografia para garantir a segurança das transações e criação de novas unidades.

A ideia é que o Metaverso tenha uma economia virtual própria. Desse modo, esse recurso é o meio de troca dentro dessas plataformas. Logo, adquirir essas moedas é uma boa maneira de investir no Metaverso.

Elas podem ser obtidas por meio de exchanges e geralmente há taxas de saques e transferências de uma wallet para outra.

Blockchain

Um registro digital descentralizado que permite a criação de contratos inteligentes e autenticação de transações. Esse sistema permite rastrear o envio e recebimento de alguns tipos de informações pela internet. É altamente seguro, e por isso é a tecnologia que viabiliza a transação das criptomoedas.

Como entrar no metaverso?

Para entrar no metaverso, é necessário, acima de tudo, ter acesso à internet. Além disso, pode ser necessário – embora não obrigatório -, ter um dispositivo compatível com a tecnologia necessária para melhor experiência, como óculos de realidade virtual ou um smartphone com recursos de realidade aumentada.

Além disso, é preciso escolher uma plataforma que ofereça acesso ao metaverso, como o “Decentraland”, “Fortnite”, ou “Roblox”, entre outros.

8 empresas que já estão no metaverso

Atualmente, com o desenvolvimento de tecnologias como a realidade virtual e aumentada, o metaverso está se tornando cada vez mais viável e atraente para empresas e usuários, e algumas companhias e marcas que já estão no metaverso são:

1. Facebook

A empresa está investindo pesado em tecnologias de realidade virtual e pretende lançar seu próprio metaverso em breve.

2. Microsoft:

Já tem uma plataforma de jogos em realidade virtual, o “Minecraft”, e está investindo em outras experiências de metaverso.

3. Nike

A marca lançou uma linha de tênis virtuais que podem ser usados em jogos de metaverso.

4. Atari

A empresa lançou um cassino virtual, entre outros arcades, em parceria com metaversos como a Decentral Games e a The SandBox.

5. Decentraland

Uma plataforma que já possui seu próprio metaverso e permite que os usuários criem e vendam ativos virtuais.

6. Roblox

Plataforma de jogos que permite que os jogadores criem, compartilhem e joguem seus próprios jogos em um ambiente virtual.

7. Fortnite

Jogo que se tornou um sucesso mundial e que recentemente incluiu experiências de eventos ao vivo em seu universo virtual.

8. The Sandbox

Outra plataforma de mundo virtual baseada em blockchain, onde os usuários podem criar, compartilhar e monetizar seus próprios jogos e experiências.

Como investir no metaverso?

Para investir no metaverso, é importante estar atento às empresas e tecnologias que estão liderando o mercado e moldando o futuro do setor.

As empresas que já estão presentes no metaverso incluem gigantes da tecnologia, como Facebook, Google e Microsoft, bem como empresas de jogos e entretenimento, como a Epic Games e a Roblox.

Além disso, é importante considerar investimentos em tecnologias emergentes, como NFTs e criptomoedas, que têm um papel fundamental no desenvolvimento do metaverso.

1. Fundos de investimentos

É possível aplicar em fundos voltados ao Metaverso. De acordo com o site InfoMoney, em dezembro de 2021, a gestora brasileira Vitreo lançou o produto “Vitreo Metaverso”, que investe apenas em ações ligadas ao setor.

O aporte mínimo é R$ 1.000. A empresa cobra 0,9% ao ano de taxa de administração e 10% de taxa de performance sobre o que exceder o índice S&P500 Total Return.

2. Terrenos virtuais

Adquirir terras virtuais é outra boa forma de investir no Metaverso. Isto é, você pode vendê-las no futuro e faturar bastante com isso.

3. Criptomoedas

Como foi dito anteriormente, as criptomoedas são uma boa forma de investir no metaverso também. Isso porque, além das possibilidades de aquisição por meio de exchanges, também podem ser conseguidas em airdrops, jogando, comercializando NFTs, fazendo staking, mineirando etc.

6 perigos ao entrar no metaverso

No entanto, entrar no metaverso também pode apresentar riscos. É importante estar ciente desses perigos antes de investir no setor. Aqui estão alguns riscos a serem considerados:

1. Exposição a fraudes e golpes

Como o metaverso ainda é um mercado em desenvolvimento, há riscos de fraudes e golpes relacionados a NFTs e criptomoedas. É importante pesquisar bem antes de investir em qualquer projeto ou plataforma.

2. Exposição a volatilidade

As criptomoedas, que são amplamente utilizadas no metaverso, são conhecidas por sua volatilidade. É importante estar ciente do risco de perda de capital devido à flutuação de preços.

3. Falhas tecnológicas

Como o metaverso é construído em torno de tecnologias emergentes, como blockchain e realidade virtual, há riscos de falhas técnicas que podem afetar a experiência do usuário e até mesmo causar perda de dados.

4. Centralização

A princípio, a ideia por trás do Metaverso é que ele seja aberto a todos. No entanto, a entrada de empresas como Facebook e Microsoft na corrida pelo Metaverso sugere que elas irão fazer de tudo para controlar de alguma forma esse mercado.

5. Privacidade

Por sua vez, essa centralização faria com que as companhias, que atualmente já possuem uma grande quantidade de dados dos usuários, conseguissem ainda mais informações. Desse modo, teria maior comprometimento da privacidade.

6. Vício

No filme Jogador Nº1, o personagem James Donovan Halliday (Mark Rylance), criador do Metaverso OASIS, disse que percebeu que criou um mundo virtual porque temia se relacionar com as pessoas. Essa informação embasa a crítica de muitos especialistas que pontuam que o Metaverso é um tipo de tecnologia que vicia e faz as pessoas de desconectarem da realidade.

O que você achou do nosso texto sobre o metaverso? Comente conosco e compartilhe com mais pessoas que estão empolgadas em conhecerem melhor esse universo virtual repleto de possibilidades.

Fonte: InfoMoney Resultados Digitais TILT UOL

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