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Economia criativa: o que é, como é, importância, exemplos

Economia criativa: o que é, como é, importância, exemplos

Um termo que tem ganhado destaque nos dias atuais é economia criativa. Mas afinal, você sabe o que é isso?

Economia criativa é a junção de economia com inovação e criatividade na geração de novas oportunidades econômicas. Como assim? É a utilização da criatividade como matéria primária na produção de valor econômico. Pode ser vista na prática em indústrias como a arte, os games, a música, a arquitetura, o design, a moda, a tecnologia, entre outras.

Devido à sua variedade e capacidade mutante, a economia criativa é sustentável, e pode auxiliar na criação de novas oportunidades de emprego, principalmente em áreas que as ocupações tradicionais estão sumindo, uma vez que ajuda a aumentar a diversidade econômica de um determinado lugar.

O que é a economia criativa?

A economia criativa é o uso da criatividade e da inventividade na criação de novas oportunidades econômicas. Isto é, uma indústria alicerçada no conhecimento, na criatividade e na propriedade intelectual, que pouco ou nada sofre com as flutuações econômicas, uma vez que seu valor advém única e exclusivamente da sua própria existência.

Quais são os setores da economia criativa?

Diversas áreas compõem a economia criativa, dentre elas a música, a arte, o design, a tecnologia, a arquitetura, a moda, o artesanato, etc.

O consenso sobre quais áreas pertencem à economia criativa muda de país para país, com base em seus interesses e metas, assim como os potenciais e mercados de cada um. Porém, a Conferência das Nações Unidas para o Comércio Internacional e o Desenvolvimento (UNCTAD) agrupou essas áreas em quatro categorias principais. São elas:

1. Mídia

Inclui áreas como jornalismo, cinema, televisão, rádio, literatura, quadrinhos etc.

2. Herança ou patrimônio

Museus, sítios arqueológicos, artesanatos, monumentos históricos, patrimônios culturais, bibliotecas, exposições, entre outros, estão dentro da categoria de herança.

3. Criação funcional

No que se refere a criações funcionais, podemos encontrar design de produtos, design de interiores, paisagismo, arquitetura, design automobilístico, desenho industrial, design de brinquedos, criação de games, criação de softwares, conteúdo digital, marketing e publicidade, moda, P&D, e muito mais.

4. Artes

Pinturas, esculturas, fotografias, teatro, ópera, dança, circo, show de marionetes, música, entre outros, se encaixam na categoria de artes.

Vale recordar, porém, que essas áreas podem se relacionar com outras, direta ou indiretamente, o que contribui para que essa indústria seja altamente sustentável.

Como funciona a economia criativa?

A economia criativa funciona como um motor de geração de empregos que incrementa a receita de uma região ou país por meio da oferta de oportunidades inovadoras de trabalho.

Concentra-se em utilizar a criatividade e a inventividade na criação de novos bens e serviços, ou mesmo na transformação de áreas existentes, promovendo desenvolvimento e apoiando outros setores econômicos.

Devido à sua capacidade em abrir portas para novas ideias, conceitos e tecnologias, os diversos setores da economia criativa colaboram para a transformação da sociedade enquanto lubrificam a máquina econômica e ajudam a criar um ambiente de empreendedorismo e sustentabilidade.

Como tem sido no Brasil?

Nos últimos anos, a economia criativa tem se desenvolvido de forma significativa, chegando a contribuir com R$110 bilhões, quase 3% do PIB brasileiro, segundo dados revelados pelo SEBRAE.

O setor conta com mais de dois milhões de empresas na área, e se contar a produção total, pode ultrapassar os R$730 bilhões, que equivale a 18% do PIB do ano de 2015 no país. A quantidade de atividades existentes gera mais de 850 mil empregos formais no país, sem contar quem trabalha como freelancer e prestador de serviços.

Entre os anos de 1997 até 2014, o Banco Nacional do Desenvolvimento e Sustentabilidade (BNDES) investiu pelo menos R$3,18 bilhões nesse setor, por meio do Departamento de Economia da Cultura.

Isso porque em questão de criatividade, somos um povo muito inventivo. A capacidade brasileira para geração de receita nesse segmento é mais alta do que alguns países de primeiro mundo, como Itália e Espanha.

Embora superpotências como França, EUA e Reino Unido nessa área ainda dominem o cenário mundial, o Brasil já se enquadra entre um dos principais produtores de economia criativa no planeta.

Em 2011, a Secretaria da Economia Criativa (SEC) foi criada pelo decreto 7743. A intenção era a de promover o fortalecimento da economia advinda das atividades culturais brasileiras.

Até então, 20 setores são considerados pela SEC como integrantes da economia criativa: artes cênicas, música, artes visuais, literatura e mercado editorial, audiovisual, animação, games, software aplicado à economia criativa, publicidade, rádio, TV, moda, arquitetura, design, gastronomia, cultura popular, artesanato, entretenimento, eventos e turismo cultural.

Qual é a importância da economia criativa?

A economia criativa é uma importante fonte de mudanças, pois atua diretamente na geração de inúmeros empregos, principalmente em setores midiáticos, artes, moda e turismo.

Além disso, contribui para a geração de receita por meio da comercialização de bens e serviços e faz girar as engrenagens econômicas de uma região ou país.

As inovações permitem que diariamente surjam novas ideias e tecnologias em setores que lidam com a criação funcional, além de contribuírem para a diversidade econômica, que complementa outros setores.

A economia criativa também está conectada ao desenvolvimento do turismo e da preservação da cultura de um país. Ela permite gerar receita e contribuir diretamente para a proteção e divulgação de patrimônios históricos, culturais e artísticos.

Como surgiu a economia criativa?

Em 1983, Margareth Tatcher, quando ainda era primeira-ministra na Inglaterra, fez uso da expressão ao divulgar um relatório que reconhecia a importância da cultura e da tecnologia dentro do contexto econômico do país.

Em 1994, foi o primeiro-ministro australiano, Paul Keating, quem criou o primeiro conjunto de políticas públicas com foco em cultura e arte em um país. O documento, intitulado Creative Nation, citava o termo indústria cultural, cujo conceito é o mesmo da economia criativa.

Pouco tempo depois, Tony Blair, em 1996, incluiu o assunto como parte da sua campanha enquanto concorria ao cargo de primeiro-ministro britânico.

No entanto, foi John Howkins quem se apropriou da expressão. Ele escreveu The Creative Economy: How people make money from Ideas, publicado em 2001 e traduzido para o português e outras línguas. No livro, trabalha a relação entre a economia e a criatividade, e como esses dois conceitos funcionam juntos na geração de receita.

Você já conhecia a história e a importância da economia criativa? Comente conosco o que achou e compartilhe nosso artigo com alguém que também se interessa pelo tema.

E se você quer começar ainda hoje, pense na possibilidade de montar um brechó online e vender aquilo que não te serve mais.

Fonte: Banco Pan FIA EaD Univali Politize Resultados Digitais

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